sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Canal Mussurunga

"Muito se tem dito sobre o canal de Mussurunga, mas pouco pelas
pessoas do bairro. Uma vila de casas está quase à beira da extinção, a
não ser por duas casas que resistem corajosamente. O motivo: a
agricultura de subsistência praticada harmoniosamente com o
ecossistema mantém as família alimentadas. Para onde estas famílias
vão em uma cidade onde não há espaço para pessoas simples, que não
encontram emprego, que não querem pedir ajuda todo o dia pois têm
força para trabalhar e dignidade? Muitos foram coagidos a sair em nome
do progresso e da Prefeitura de Salvador. Esta, por sua vez, afirma
desconhecer a forma truculenta com que a desapropriação está sendo
feita, mas, através de suas atitudes, quer diariamente não permitindo
acesso a documentos de domínio público, culpando a burocracia, ou
através dos autos dos processos federal e estaduais que estão em curso
devido às tragédias que estão acontecendo em Mussurunga, sabemos que a
Gestão Municipal não visa o coletivo! Muito menos as camadas menos
favorecidas! O discurso é o de que estes não possuem documentos
legitimando a posse da propriedade, e que por isso devem sair!
Políticas públicas de habitação nunca foram o forte de nossa cidade.
Entretanto, um discurso semelhante tem sido entoado aos moradores
regularizados (através da Urbis/Conder), tomando seus quintais,
retirando assim o contato do homem simples da periferia com a natureza
e seus recursos. Árvores frutíferas da redondeza matam a fome e servem
de renda para inúmeras famílias. De onde virá este recurso após a
tomada.

Nós moradores de Mussurunga, representados pela Associação
Independente de Mussurunga II(ASSIM), temos reunião marcada para o dia
04/12/08 às 9h na Secretária de Planejamento e solicitamos cobertura
desta reunião que será realizada com a ASSIM, empresários (da obra) e
Prefeitura, na figura da Secretária de Planejamento Sra. Kátia
Carmelo.

Pontuamos que o Termo de Acordo de Conduta vigente, deve ser
reavaliado pela comunidade, na figura da Associação Independente de
Mussurunga, e reformatado visando o benefício da comunidade em
aspectos ambientais e sócio-econômicos. As pessoas simples da cidade
não podem mais ser tratadas como peso morto!

A cadeia produtiva da cidade precisa ser alterada. O Neoliberalismo
provou ser ineficaz para promover o crescimento coletivo harmonioso.
Não podemos aceitar o uso da máquina pública como instrumento do
mercado imobiliário baiano, beneficiando um pequeno grupo de nossa
influente "elite" em detrimento dos interesses coletivos da sociedade
de Mussurunga.

Basta!

2 comentários:

  1. boa noite ,me chamo sandra e moro no rio de janeiro ,estou a proucura de aline santana cardoso,mora em mussurunga e a irmã dela mora aqui por favor nos ajude , a irmá dela se chama alane santana cardoso

    ResponderExcluir